Recentemente eu descobri um novo Blog que virou visita diária obrigatória. Bruno Mazzeo (link ao lado) é um espanto pela simplicidade e humor do seu texto, sempre ponteado por críticas mais do que pertinentes. De longe é meu tipo favorito de escritor. Junto com o Antonio Tabet do Kibe Loco, Bruno está se tornando um centralizador de debates. Ainda que contra sua vontade. E desta vez Bruno levantou uma bola que acabou me dando o gancho para algo que há muito eu venho amadurecendo.
Na verdade esse assunto começou a brotar na minha cabeça há mais de dez anos, numa conversa que tive com um americano. Ok, você está com razão, em dez anos dava pra ter escrito 3 livros sobre o assunto, mas a preguiça, o trabalho, o feriado e aquele temporal de 2004 me atrasaram um pouco. E também você não teria saco de ler 3 volumes de um assunto desagradável como os problemas dessa tão amada nação. Mas aqui vai.
Eu tentava explicar para esse amigo como era a nossa democracia. Ele estava curioso sobre o fato do Brasil ter passado por um período de ditadura e sobre como se deu a abertura e a redemocratização. Após contar sobre alguns de nossos direitos e deveres do cidadão, listados logo no começo de nossa Constituição Federal, fui surpreendido com uma afirmação: "Então o Brasil ainda não é uma democracia!". Claro que eu me senti ofendido e saí em defesa do nosso país sem conseguir convencê-lo do contrário. No final do papo o assunto já havia mudado pra alguma amenidade qualquer e, quando acabou, eu fiquei com a pulga atrás da orelha. Dias depois eu ainda gastava tempo pensando nisso e acabei dando razão ao americano. O Brasil realmente ainda não é uma democracia plena. E digo isso mais de dez anos depois do autor original da frase.


Onde quer que você esteja, meu caro Jarret Rose, você estava certo. And I apologize. Sincerely.
Um comentário:
Isso me fez lembrar de uma eleição passada qualquer (nem me lembro qual), na qual eu não queria votar em ninguém e decidi aproveitar o "feriado" pra cair na estrada. Eu, meu marido e um casal de amigos saímos cedo no fatídico dia rumo a Ibitipoca (paraíso em Minas Gerais...). Chegando no pé da serra, na cidadezinha de Lima Duarte (a cidade não é DO Lima Duarte, é apenas o nome da cidade, nada a ver com o ator...), entramos numa agência do correio, não enfrentamos fila e justificamos nosso impedimento de votar. Foi tão fácil!!!!! Não sei por que nunca mais repeti a "aventura". Acho que, depois de ler o seu texto,vou pensar seriamente nessa hipótese. Bem melhor do que votar, quando nada parece fazer sentido... BEIJOS!
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