sexta-feira, 11 de maio de 2012

Trabalho em Equipe


Quem me acompanha aqui sabe da minha admiração pelo sexo feminino. Sabe igualmente que eu compartilho da teoria mista do Veríssimo, segundo a qual a Igreja e Darwin estão certos. Darwin explica o surgimento do homem, desvio direto da linhagem dos macacos. A Deus coube a criação da mulher e basta observá-las por alguns minutos para ter certeza disso.
Mas hoje me perguntei: E se eu fosse criar uma mulher, como eu a faria? A quem pediria ajuda? Quem chamaria para compor a equipe de criação? E por incrível que pareça, não foi uma tarefa muito difícil.
Comecei pelos cabelos e o que não falta lá em cima é cabeleireiro famoso pra dar pitaco. Denner, Silvinho... Mas optei por alguém menos técnico e mais apreciador: José de Alencar. Quem melhor do que o criador de Iracema, com seus cabelos pretos como as asas da graúna, para decidir as melhores madeixas?
Cabelos penteados, passei ao rosto. Os olhos, janelas da alma, precisavam ter a beleza estética aliada à profundidade dos sentimentos que irradiariam. Santa Luzia responsável eterna por todos os olhos dedicou-se com amor a esta tarefa. 
Passei para a boca e aqui não restou dúvida. Da Vinci, criador do sorriso mais enigmático do mundo em sua Gioconda, supervisionou cada detalhe. Mas contando com os palpites empolgados de apreciadores do gênero, como Casanova e, porque não, Pedro I.
Cheguei ao corpo e o entreguei a maior e mais qualificada das equipes. Liderada por Michelangelo, com a ajuda dos cinzéis de Rodin e Donatello e as delicadas palhetas de Botticelli e Botero, pra garantir generosidade nas curvas. Seios opulentos, pernas bem fornidas, nádegas redolentes, tudo cuidadosamente discutido, esculpido e pincelado com o melhor de cada um. Mas, para a estranheza de muitos, coloquei todos sob a consultoria mais que adequada de Vinicius de Moraes, um grande degustador e profundo conhecedor do gênero.
Pra finalizar a obra prima coletiva, veio Machado com sua carioquice e morenice característicos para dar o tempero e o arremate.
Ao término de tudo lá estava ela. Perfeita? Não, longe disso, porque eu queria uma mulher de verdade e não algo inatingível, fruto de sonhos e expectativas desmedidas. A mulher criada era simples embora marcante. Era linda em seu conjunto, capaz de chamar a atenção no meio de outras.
E assim ela chamou a minha atenção em meio a tantas. Foi o olhar e o sorriso que me fizeram dar a segunda olhada. Todo o resto é história. E das mais lindas. Quem é ela, vc pergunta? Eu digo com todas as letras, porque esta mulher é de carne e osso.

Obrigado, Claudia, por ter tropeçado na minha vida e transformado ela de forma tão surpreendente.

2 comentários:

Ana Lúcia Prôa disse...

Querida Claudia,

Ainda não te conheço, mas já gosto de você por fazer meu amigo feliz e por ter feito com que ele nos brindasse com essas lindas palavras no Morde e Assopra!!!!

Vida longa ao amor de vocês!!!!

Beijos com carinho nos dois!

Claudia disse...

Tem tempo que escreveu ...
Mas nunca é tarde pra comentar.
Príncipe ... relendo seus textos e pensando no nosso dia-a-dia, não posso deixar de agradecer ao Criador por ter dado a oportunidade de, nesta vida, ter você. Sou a mulher mais sortuda do mundo!
Amo-te! Muito. Sempre! Até o fim ...
Ah ... Pedido de fã: escreva mais, amor meu!