segunda-feira, 21 de julho de 2008

Salvem a Mata Nativa!

Voltando a temas mais amenos, decidi comentar um assunto que vem tomando espaço em vários blogs, sites e revistas pelo Brasil afora. Não são as pataquadas da PM do Rio, não é a libertação dos reféns das FARC ou a nova Lei Seca. Nem é um texto ecológico como sugere o título. Nada disso. É algo muito mais simples, mas que tem implicações sociais igualmente importantes: o ensaio da Natália Cassarola para a Playboy.

Mas o que tem demais nas fotos de mais uma ex-BBB? Bom, eu não comprei a revista, mas vi as fotos pela internet. Natália é obviamente linda, embora seu formato de boca não seja exatamente algo que me atraia. Tem um corpo do tipo que o meu avô costumava chamar de “bem fornido”. Mulher farta e convidativa, se me entendem. As fotos nem são lá muito ousadas, não mostram tanto quanto a cuecada estava disposta a conferir, mas um detalhe me deixou espantado: Natália é careca. Lisa.

Não, tia, suas madeixas louras continuam intactas. Eu me refiro ao que ela carrega (ou deveria carregar) entre as pernas. Nada, máquina zero. Estilo frango depenado, manja? Não gosto. Pronto, falei. Acho feio pra caramba. Não que a parte do corpo seja feia, eu adoro cada detalhe dela. Mas o fato de não ter pêlos torna a coisa meio estranha aos meus olhos. E eu acho que estou com a maioria. É só relembrar o fréje causado pelas fotos da Vera Fischer na mesma revista há alguns anos. Ou da Claudia Ohana há algumas décadas. Seus estilos livres, soltos e descabelados foram comentados em todas as rodas masculinas. E alguém se lembra da Adriane Galisteu se depilando em seu ensaio? Sexy no talo!

Eu não saberia dizer em que momento as mulheres entraram nessa de ir desbastando a mata nativa. Talvez tenha sido influência do pornô americano que invadiu o país nos anos 80. Neste tipo de filme a depilação é um recurso para aumentar a visibilidade do ato, melhorar as tomadas e tal, algo compreensivo. Mas daí a tomar isso como regra, vai uma distância. Ou pode até ter sido uma necessidade por conta dos biquínis que foram diminuindo ao longo dos anos e tornando a depilação cavada - ou Brazilian Wax - uma obrigação.

No início de minha vida sexual, raras vezes encontrei com mulheres que se depilavam muito além da virilha. Fazia-se o contorno necessário para que o biquíni não ficasse com franja ou cavanhaque e o resto estava ali, guardadinho, esperando que alguém desbravasse. E eu adorava. Era legal ir se embrenhando por ali, desvendando cada detalhe, cada mistério. No final dos anos 90 as ceras e giletes passaram a fazer metade do meu serviço e as namoradas começaram a vir com as trilhas já abertas, restando ao explorador apenas evitar o mato em torno da mesma. Foi nessa época que comecei a me deparar com os “cortes” mais loucos. Foi a fase do bigodinho do Hitler. Ou de Carlitos. A comparação depende do humor dos participantes e da fúria do sexo praticado. Mas, convenhamos, ambos não são imagens exatamente eróticas. E a tal da depilação artística? Alguém me responda o que é aquilo. Um coraçãozinho no dia dos namorados pode até ser algo legal. A letra inicial do seu nome, uma labaredinha, ainda vá lá... Mas orelhas de Mickey? Valha-me Santa Cicciolina!

Antes que me acusem, não sou radical nem careta. Adoro inovações e variações. Já pedi para namoradas se depilarem por inteiro para experimentar sensações diferentes. Muitas vezes ajudei no processo, numa deliciosa brincadeira. Como fantasia, é válida e interessantíssima. Mas como rotina causa uma sensação estranha. Tem um leve traço de pedofilia que me deixa desconfortável. Não adianta, eu prefiro os pêlos. Fartos na medida, sem que você precise interromper o sexo oral para respirar, no tradicional corte triangular. Nada mais.

Tradicional, como o América do Rio, Leite de Rosas, Big Bob com milkshake de Ovomaltine ou a camisa amarela da seleção. Intocáveis.

Um comentário:

Ana Lúcia Prôa disse...

Ai, Fernando... SEM COMENTÁRIOS! Vc conseguiu escrever mais uma obra-prima. Palavras na medida certa. Tiradas perfeitas...

Cara, tô ficando de saco cheio de comentar no seu blog! Tá chato só ficar te elogiando... Quem ler, vai achar que eu sou sua mãe, sua madrinha, sua esposa ou namorada, sua professora do Jardim de Infância... Tá certo que sou sua amiga, mas sou uma amiga bem crítica. Qd tenho que falar mal, falo mesmo. Mas é impossível meter o malho nos seus posts. EU AMO SEUS TEXTOS!!!

Beijos e siga em frente, amigo blogueiro!