sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sweetest Taboo

Este ano eu completaria 10 anos de casado. Não com a mesma mulher, que fique bem claro. Foram 6 anos com a mãe do meu filho e outros 4 com a segunda esposa. Quando um casamento termina, costuma-se dizer que o casamento deu errado. Pois eu lhes digo: não os meus. Meus casamentos deram certo, e muito, no período em que duraram. Aprendi e amadureci muito com ambos. Hoje eu conheço o tripé que sustenta uma relação. Este texto fala sobre uma destas bases. Nem sei se alguém já descreveu isso, se há algum estudo sério sobre o assunto, mas eu aprendi a definir a base de um relacionamento em três pilares fundamentais.

O primeiro deles é o das afinidades de formação e informação. Níveis sócio-culturais que, se não são próximos, pelo menos não sejam conflitivos. Aqui também está o carinho e o respeito mútuo, os gostos pelas mesmas coisas e o respeito por aquelas opiniões que diferem. É o pilar que mantém vivo o diálogo e a harmonia do casal. O segundo pilar fundamental é aquele que envolve o futuro da relação. Os objetivos que ambos têm precisam ser compatíveis e de certo modo comuns. Não adianta um sonhar em morar numa fazenda no interior do Mato Grosso se o outro almeja um loft em New York. Em longo prazo, um dos dois se sentirá frustrado. E o terceiro pilar é o que envolve a parte física. A aparência de um precisa ser agradável aos olhos do outro - e isso nada tem a ver com beleza. É a base que envolve a química do casal e, por conseqüência, o sexo. E este é o assunto do texto.

Sim, porque o sexo é muito importante numa relação. Pelo menos para mim. Cresci ouvindo muitas pessoas tentando minimizar a participação dele no sucesso de um casamento. E muitos são os argumentos. Coisas do tipo: "Sexo não é tudo numa relação." ou "Você passa mais tempo fora da cama do que nela num casamento." ou ainda "Amor e respeito é o que verdadeiramente contam."

Eu discordo. E digo mais: BULLSHIT!

Óbvio que sexo não é tudo num casamento e é mais óbvio ainda que você passe mais tempo fora da cama do que suando e gemendo em cima de uma. Mas daí a dizer que isso não é importante, vai uma grande distância. Seguindo a proporção do tripé que sustenta as minhas relações, ele responde por 33,33% do casamento. O que não significa que eu precise estar em cima da cama (ou da máquina de lavar ligada) durante 8 horas do meu dia. Mas me chateia quando pessoas tentam diminuir a importância dele, como se fosse feio assumir que gosta de sexo ou que o ache muito importante para o sucesso de uma relação.

Numa sociedade onde peitos e bundas são empurrados goela abaixo por todo tipo de mídia, onde crianças copiam coreografias cada vez mais ousadas e o sexo está presente (e cada vez mais explícito) no horário nobre da TV, soa muito hipócrita dizer que sexo não é importante. Sexo vende, sexo estimula, sexo pode até viciar. Mas acima de tudo, sexo é bom. E quem discordar certamente tem problemas nessa área e eu recomendo um bom terapeuta. Porque sexo faz parte da nossa vida. A menos que você tenha atingido um grau de iluminação tal em que ele não seja mais necessário. E mesmo assim eu coloco minhas dúvidas sobre os votos de castidade. Os escândalos católicos não contribuem para a credibilidade deste absurdo voto.

O fato é que o sexo faz parte do ser humano. Somos animais sexuais. Não praticá-lo é, portanto, anti-natural. E eu vou além. Sexo precisa ser bem feito. Precisa satisfazer aos envolvidos no ato. E, como já foi dito, o sexo é sujo e nojento. Mas só quando bem feito. E nesse ramo eu adoro me lambuzar, sem a menor vergonha. Aliás, com muito orgulho.

2 comentários:

Ana Lúcia Prôa disse...

Ai, Fernando, seu homem sujo e nojento!!! KKKKKKK!!!! Adorei o desfecho! Concordo plenamente com vc. E por falar em se lambuzar, sabia que já estão vendendo sachê de leite moça nos motéis? KKKKKKK!!!!!!! Grande sacada comercial!

Grande sacada tb o tema de seu texto, pq há mesmo uma pseudocampanha anti-sexo no casamento. O que vale é o respeito, o que vale é o companheirismo, o que vale é a amizade... Ora, tudo isso não fica bem melhor com uma cútis bem oxigenada por conta do orgasmo?

Casamentos longos, como o meu, perdem a quantidade, mas ganham em qualidade. E se chegar um dia em que eu e meu marido pararmos de nos sentir atraídos um pelo outro... xii... lascou!!!! É sinal do declínio da relação como um todo... AÍ BABOU!

BEIJOS!

Helena Vox disse...

Na verdade nao tenho muito o que dizer sobre este post... até porque nos já conversamos sobre este asunto inumeras vezes, rsrsrs. Mas digo e repito: sexo é bom SIM e é um fator decisivo dentro de qualquer relacionamento. O texto ficou ótimo como sempre! Bjos